quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PENSANDO UM POUCO

Se tem uma coisa que adoro no mundo das artes é quando uma ela me faz refletir sobre o contexto político que vivemos ou já que já foi vivido; isto ocorreu com os dois filmes e a peça que assisti esta semana, O Poeta, Batismo de Sangue e O Papa e a Bruxa.

O primeiro conta uma história de amor vivida entre um judia, filha de um rabino, e um soldado alemão, que discorda de algumas atitudes do império nazista, em plena segunda guerra mundial, e todos os apuros, obstáculos e atrocidades que ambos passam para conseguirem ficar juntos; um excelente filme que nos remete diretamente ao clássico de shakespeare, Romeu e Julieta, mas nem por isso perde o próprio brilho e beleza.

O segundo, trata-se de mais uma pérola do cinema nacional; o filme Batismo de sangue conta a história do movimento de resistência liderado pelos frades dominicanos no Brasil na época da ditadura de 1964. Nesta trama destacam-se 4 frades, que são os inseparáveis Betto, Ivo, Oswald e Tito, sendo que este último possui um destaque maior na trama.

Através de uma pequena amostra das torturas que eram realizadas com os presos políticos, nossa atenção é voltada para a esperança de uma país melhor, amor a ao próprio povo e os relatos de frei Tito, no período que esteve preso, que assim como muito os outros foi de extrema valia para que os olhos do mundo se voltassem para está época negra de nossa história.

Um excelente filme que com certeza terá um lugar cativo em minha estante e deveria ser assistido por todo brasileiro que se interesse por sua história, pois só analisando-a poderemos mudar-la.

A última mas não menos importante, O Papa e a Bruxa, trata-se de uma comédia pastelão na qual um padre é hipnotizado por uma curandeira e dessa forma meio que tem sua mente aberta; e após passar por algumas situações nada usuais, o papa decide liberar ah humanidade de vários dogmas católicos, desde da utilização da camisinha até o livre comércio das drogas proibidas por lei; tal ato provoca a ira de várias autoridades mundiais dentro e fora da igreja, inclusive de traficantes, fazendo com que todos queiram a cabeça do papa.

A peça trata de diversos temas polêmicos durante o seu desenrolar, mas talvez o maior deles seja nada mais do que a dominação que as religiões possuem sobre a massa; e como está dominação pode afetar o futuro de diversas nações tanto para o bem como para o mal.

Sem dúvida uma peça que merece nossa atenção; com relação à qualidade da comédia, diria que é bem engraçada principalmente do segundo ato para frente, pois o rítimo é mais frenético, muito disso se deve à interpretação do ator que faz o papa, este ator praticamente dita o rítimo que cada cena tem, assistam pois vale a pena.

Não sei ao certo se é bom ou ruim, mas infelizmente vivemos em um mundo desequilibrado que necessita de equilíbrio e que seus fatos giram em torno de um círculo vicioso que "sabe-se lá" terá fim um dia. Para explicar melhor podemos analisar algo muito simples como o dia e a noite, um não vive sem o outro, porém cada um possui seu período de domínio sobre a terra que varia de acordo com a época, o lugar e algumas outras condições, mas quando um da vez ao outro seja durante o amanhecer ou durante o anoitecer, vemos mesmo que por alguns minutos um certo equilíbrio entre os dois.

Assim ocorre com a humanidade que possui sua sombra, maldade, ganância, corrupção, ou seja tudo que há de pior no homem; mas que também possui sua luz, sua bondade, sua misericórdia e todas as virtudes que possuímos. Porém tanto a luz com as sombras possuem seu período de domínio sobre nós que variam de acordo com a época, o lugar e algumas outras condições e da mesma forma que o dia e a noite também possuem seu momento, mesmo que inexpressivo, de equilíbrio pleno.

Isto ocorre no todo, a humanidade, mas principalmente na unidade, o indivíduo, então talvez seja o momento de paramos, refletirmos e decidir qual lado queremos que nos domine o maior tempo possível antes que a inevitável mudança ocorra. E que um dia a esperança se torne realidade para que um duradouro equilíbrio seja possível de visualizar fora dos sonhos, assim como um eterno por do sol é possível de se visualizar em um quadro.

DANIEL PRATA
23/09/2009

sábado, 19 de setembro de 2009

INCRÍVEL

Magnífico, esplendido, exuberante, incrível, mágico, são pouco os adjetivos para descrever a adaptação da peça Tempos de Paz ao cinema.
A história se passa no ano de 1945, durante o pós segunda guerra mundial, no qual navios cargueiros traziam diariamente imigrantes europeus fugidos da guerra em busca de uma vida nova.
Dan Sttullbach vive, de maneira grandiosa, a personagem de um ex-ator polonês que depois de tudo que vivenciou durante a guerra não vê porque continuar a fazer teatro em mundo que deixou de sonhar. Quando este chega ao porto no Rio de janeiro, é barrado, devido a uma confusão, pela personagem de Tony Ramos, um interrogador da polícia, ex-torturador do regime Getúlio Vargas, que estabelece uma condição para que o polonês posso entrar no Brasil; é preciso que este através das próprias lembranças, comova o interrogador fazendo-o chorar.

Através de uma história simples, o filme consegue transmitir toda a dor e sofrimento de quem sobreviveu aos horrores da segunda guerra mundial, como também a obediência e submissão dos homens da ditadura que concretizavam qualquer tipo de ordem que lhe era dita, causando aos condenados verdadeiros horrores.

Além disso, ainda mostra a magia do teatro e como ele é poderoso e capaz de mover barreiras, tocar sentimentos, mexer com o público, mudar opiniões, elevar e aliviar espíritos, transmititr menssagens e sentimentos sem o uso de armas, mas apenas da arte e todo o seu potencial invisível e devastador.

Um grande filme, para o qual devemos tirar o chapéu e ovacionar, pois poucos conseguem fazer o que foi feito por Daniel Filho neste filme, adaptar uma peça ao cinema sem que ela perca o encanto e a magia do teatro; além do que, o diretor atua no filme como um dos personagens do começo ao fim, fato este que com certeza deve ter surpreendido a muitos, pois a atuação de Daniel Filho se mostrou muito interessante, inclusive menor do que alguns outros atores da trama.

Dan e Tony estão maravilhosos no filme que fia difícil fazer qualquer crítica para ambos, pois os dois conseguem fazer com que um filme com basicamente duas personagens se estenda por uma hora e meia e não se torne cansativo.

Fico sem palavras, apenas posso falar que fiquei maravilhada com tamanha qualidade.

20/09/2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FRUSTRAÇÕES

As vezes eu me pergunto - Por que diabos fizeram isso? - esse pensamento volta e meia volta a perambular por minha mente pensante, principalmente com o grande circuito comercial de grandes produções teatrais e filmes do cansativo circuito comercial de nossas salas de cinema.

Primeiro, uma peça que vi aqui em São Paulo a mais ou menos um vez e sentia que precisa avisar vocês meus leitores sobre as impressões que obtive sobre a mesma.

Vamos lá, a peça alma boa de Setsuan é uma grande produção estrelada por Denise Fraga e dirigida por Marco Antônio Braz; a história se passa numa cidade chinesa ( Setsuan), na qual um homem que representa em carne e osso a santíssima trindade, procura uma alma boa no meio de tantas almas corrompidas, lá encontra Chen tê ( Denise Fraga) única alma viva que oferece à santísima trindade um teto para dormir e por este motivo recebe uma quantia em ouro que lhe permite abrir o próprio negócio, uma tabacaria. Porém devido à bondade de Chen tê, ela acaba por criar uma segunda personalidade para lidar com certos assuntos, eis que surge seu primo Chui Ta, que é totalmente o oposta desta, levando aos conflitos que se desenvolveram ao longo da trama.

Uma história muito boa, porém devida à preocupação com o distanciamento proposto por Brecht ela se tornou muito lenta, muito ralentada, como diria um antigo diretor meu, fazendo com que o tempo da comicidade se perdesse e o da dramaticidade se estende-se demasiadamente, prolongando por um tempo maior do que necessário e a deixando chata em certos pontos.
Segundo; um filme cujo eu tinha as mais altas expectativas de ser um ótimo filme de terror, acabou por me decepcionar completamente.

O filme conta respeito de uma maldição que em 3 dias arrasta a pessoa amaldiçoada para o inferno e a luta de uma certa mulher para quebrar a maldição que lhe foi posta.

Até a sua metade o filme se desenrola de um jeito muito bacana, criando um clima bem sinistro e assustador, que nos deixa com os olhos vivos a todo momento, porém da metade pro fim ocorrem algumas coisas que não deveria existir em um filme de terror, ah não ser que a intenção fosse deixa- lo cômico; como por exemplo, no momento em que o espírito é passado para um bode e este começa a falar; posso falar que quase me desmanchei de tanto rir, entre outras cenas hilárias que ocorrem durante o filme. Realmente não recomendo este filme, gastem o dinheiro do ingresso na locação de uma bicicleta no Ibirapuera, com certeza será mais proveitoso.

Por fim, mas não menos importante, talvez um dos filmes mais esperados do cinema nacional, os normais.

Nesses momentos é que cabe aquela pergunta: para que continua?

Primeiro uma série de muito sucesso, na qual mostrava uma casal, Rui e Vani, vivendo as situações mais inusitadas e resolvendo-as de maneira mais inusitada ainda, porém acabou no seu auge e deixou o público querendo mais, até eu queria mais, kkk. Então quase um ano depois fizeram o filme, no qual Rui e Vani e se conheciam, que eu a princípio fiquei meio receoso por que continuação é uma coisa que não costuma dar certo, mas para a minha surpresa foi um filme muito bom, mas muito bom mesmo, com um tempo ótimo nas piadas que se dam até o final de maneira genial; só que o público que meio já tinha se conformado com o fim de os normais foi reavivado com o filme e obviamente ficou novamente querendo mais.

Então nesse ano 2009, mais precisamente no segundo semestre de 2009, me surpreendem com o lançamento de os normais dois - a noite mais loucas de todas - e eu pensei: Para que fazer isso?

Não que eu seja pessimista nem nada, mas várias sequências ao longo da história já nos mostraram que os filmes sequenciais não costumam dar certo, então a não ser que seja muito bom não faça uma sequência só pra aproveitar o título de sucesso do anterior, é melhor fazer um outro filme; afinal de contas não devemos ser tão gananciosos nem ter os olhos maior que a barriga.

O resultado não foi diferente, um filme que deveria contar as aventuras do casal protagonista para reacender a chama do sexo em uma única noite; acabou por se mostrar um filme de piadas forçadas que se estendeu até o seu final sem ter um por que para ter durado tanto, é como se tivessem pego uma idéia engraçadinha e a tivessem esticado e exagerado até formar um filme.

Cada vez que eu lembro deste filme encontro mais um defeito; talvez um dos filmes nacionais mais sem graça que eu já vi, coisa muito difícil no atual curcuito nacional de filmes.
Portanto nãopercam seu tempo vendo os normais 2, tirem uma boa soneca ou contem quantos carros amarelos passam na rua, com certeza será mais proveitoso.

Para ninguém dizer que eu só reclamo, aqui vai uma dica de um filme que já saiu de cartaz, mas provavelmente já deve estar disponível nas locadora, quem quer ser milionário, um verdadeiro ganhador do Oscar, realmente um filme de tirar o fôlego. A história se passa em Mumbai e conta a trajetória biográfica de um garoto que passou toda sua vida em busca de seu verdadeiro amor, mas se encontra retido numa sala de interrogatório pelo fato de ele, um garoto de favela, acertar a todas as perguntas de um programa, quem quer ser milionário?, que ninguém nunca ganhou; sem sombra de dúvida uma obra de arte.

Bom, agora posso terminar sem ficar com fama de revoltado; kkkkkk.

Daniel Prata
16/09/2009

domingo, 13 de setembro de 2009

HOMENS AZUIS

Bom; hoje fui assistir o show do Blue Man Group, pois já havia visto um show deles, em Chicago (EUA), e simplesmente me maravilhei com um show no qual 3 caras azuis tiravam som de tudo quanto é material para formarem musicais conhecidas ou de autoria própria que mais tarde se juntavama uma banda e completavam cada música.

Porém, o show de hoje foi creditcard hall, aqui em São Paulo, um lugar muito maior do que o teatro em Chicago que eu havia visto o show anterior. Minhas expectativas foram totalmente frustradas quando vi que o foco do espetáculo estava no todo e não exclusivamente nos homens azuis; fora alguns pequenos erros de sincronia que pude presenciar.

Mas por mais frustrante que tenha sido o show, o mesmo se mostrou muito bom, com a interatividade de sempre com a platéia, muitos jogos de luz, muita interação com a banda e inclusive a preocupação de traduzir tudo que havia de escrito no show e inclusive tocar algumas musicas do Brasil como ROBERTO CARLOS e o tema da Copa de 70. Mas para quem esperava 3 caras azuis tirando som de tudo quanto é tipo de coisa e acabou vendo 3 caras azuis que apenas completavam uma banda muito boa; a experiência acabou por se tornar um pouco frustrante.

Mas para quem não viu eu recomendo, mesmo que seja do jeito que foi.


DANIEL PRATA
13/09/2009

SADE É A PEDIDA

Quem poderia imaginar quem em um dos teatros de bolso da praça Roosevelt, eu consiguiría assistir a 2 espetáculos de Sade tão bem adaptados e bem feitos, que seriam dignos de qualquer grande teatro de sampa city.

Primeiro Justine, nada mais do que a concretização quase por inteiro do livro que eu acabará de ler. é incrível como as palavras tomam forma nos gestos dos atores e ganham vida em suas vozes, fazendo com que centenas de de páginas ganhem realidade diante dos olhos do espectador.

A adaptação de Justine ganhos um certo tom de comédia transformando a tragédia de Sade em uma grande tragicomédia que acabar por aliviar as cenas fortes que o grupo apresenta perante o público.
Algumas passagens do livro ganham um ar todo especial e leve, como no momento em que Justine finge aceitar a proposta do senhor De Bressac para matar a mãe deste, mas o mesmo acaba por descubrir tudo e mata a mãe assim mesmo, está passagem fica leve como uma pluma quando surge o som de um projetor e um narrador que parece dublar o que os personagens falados deu uma atmosfera de cinema mudo à cena.
Já a segunda, 120 dias de sodoma, exibida uma hora depois e por grande parte do mesmo elenco e na mesma sala, fato que me deixou admirado, traz uma atmosfera mais perversa, mais dramática, sombria e devassa.

120 dia conta a história de quatro poderosos libertinos que raptam inúmeras crianças e adolescentes e as prendem em um castelo no qual fazem diversos tipos de sodomias, atrocidades, "sadismos" e libertinagens com os mesmos durante 120 dias.

O grupo sathyros conseguiu nessas duas peças aquilo que por si só já é muito difícil e chocante, retratar a nudez, mas não apenas a nudez pura, mas a nudez com um propósito, com um fundo crítico e não uma nudez vulgar e totalmente desnecessária como vemos em muitos filmes e peças por ai.

Essas duas peças se mostraram chocantes, fortes e pesadas, não pelo fato de haver atores nus, mas pelo fato de retratarem com perícia histórias que por si só chocariam qualquer plateia mesmo que sem a utilização da nudez; porém está fora apenas um ingrediente a mais, uma pimenta na medida certa para o caldo ácido que a peça traz.

Aqueles que tiverem um tempinho assistam, pois realmente vale a pena e aos amantes de Sade saibam que a montagem está excelentemente adaptada e retratada com maestria de poucos.


DANIEL PRATA
13/09/2009

UP

Bom esse post deveria ser o primeiro a ser feito, porém eu não possuía um blog na época.
Então vamos lá, na semana do feriado da independência assisti a uma animação no cinema que me deixou perplexo, admirado, de boca aberta; sem dúvida a melhor animação desde de SHEREK 2.
UP veio para nos arrancar gargalhadas infindáveis ao ponto de ficarmos roucos, pois ao mesmo tempo que trata de assuntos fortes e adultos como a perda de um ente querido até o desapego material; também se mostra hiper, mega, plus divertido dentro de um tema simples, porém explorado ao máximo suas possibilidades.

O filme conta a história de um senhor que perde a sua mulher e resolve seguir o sonho de ambos quando estes eram criança; chegar no paraíso perdido das cachoeira (Venezuela), e para isso este senhor amarra diversos balões de hélio em sua casa e flutua até lá.
Para completar esta saga nada convencional, durante o filme ainda aparecem um escoteiro gordinho atrás da última medalha que falta para se torna o grande explorador da natureza, um pássaro hiper, mega, plus, blaster, inusitado, que lembra muito um avestruz e uma porção de cães que falam através de uma coleira, um dos pontos altos do filme.

Para todos aqueles que curtem uma boa comédia e uma boa animação, UP é um tiro certeiro para aliviar qualquer irritação.



DANIEL PRATA
12/09/09

VIRADÃO

Acabei de chegar do viradão do HSBC Belas Artes, que por sinal foi muito bom, ele começou à 00:00 do dia 11/09/09 e acabou agora a pouco às 6:00 do dia 12/09/09 , com direito a café da manhã e 3 filmes.
Infelizmente perdi o primeiro filme, uma comédia francesa que parecia ser muito boa, mas pude assistir aos outros dois que valeram a pena o ingresso.
O primeiro filme que vi, quanto o amor durar, trata de um filme baseado em relações amorosas que em um dado momento da trama passam por um conflito e se dissolvem. Com uma temática muito interessante e divertida em alguns pontos, como na confissão de um transexual a seu parceiro. Porém a temática poderia ir mais longe, ser mais aprofundada pelo roteiro, mantendo-se muito rasa e lenta até seu desfecho.
O filme quanto o amor durar conta com a participação de Paulinho Villena e Danni Carlos, talvez a única chance de ver seus seios em um filme, rsrsrs; mas apesar de tudo eu considero um bom filme.

Já o outro não era nada alternativo, mas sim um verdadeiro BLOCKBUSTER; o filme a verdade nua e crua conta história de um personagem que diz acabar com todos os mitos existente sobre os homens, mostrando desta forma a verdade nua e crua do universo masculino em uma relação amorosa, muito divertido; vale a pena conferir

Bom esse foi o resumão do que foi o viradão.

Até mês que vem no próximo viradão.

DANIEL PRATA
12/09/09

Os Infortúnios da Virtude

Acabei de ler um livro do Marquês de Sade: Os infortúnios da Virtude; bom, a história basicamente é sobre duas irmãs, Juliette e Justine, que perdem seus pais muito novas e apartir dai cada irmã toma um rumo na vida pois são jogadas na rua por seu tio com o mínimo para sobreviver; a primeira passa a praticar todos os tipos de vício e progride na vida, enquanto a segunda passa a praticar a mais pura virtude e por este motivo é injustamente punida durante toda a sua vida.

Justine sempre se depara com situações em que é possível optar entre o vício e a virtude, porém a protagonista da história sempre ópta pela primeira escolha e sofre sua duras consequências da primeira à última página do livro.

O que mais me impressionou neste livro foi como o autor consegue mostrar de maneira bem incisiva e crítica, uma humanidade que nos recusamos a olhar.

Nos faz querer desacreditar no próprio homem, na humanidade, pois vivemos num mundo de vícios, mas queremos a todo custo que todos sejam virtuosos. E principalmente como podemos ser dissimulados; provando mais uma vez que nunca devemos confiar nas aparências e que nem sempre a primeira impressão é a que deve ficar.

Esse final de semana devo assistir a peça sobre a terceira sequência dessa história, que são muito parecidas só que cada vez mais intensas; depois lhes conto quais foram minhas impressões sobre a mesma.

DANIEL PRATA
11/09/2009