sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

FIM DOS TEMPOS?

              Quanto mais penso mais me questiono; quanto mais me questiono mais quero me solucionar e é nesse hora que volta a me indagar e começo traçar uma série de linhas tortas que acabam aqui neste Blog, rs.

            Daqui a uma semana chega ao fim o Decimo Terceiro Bakudan; e de acordo com a interpretação ocidental predominante, este fato transformará o mundo levando-o ao seu próprio e derradeiro fim.  Outros dizem na verdade não se tratar do fim dos tempos, mas sim de o fim de um ciclo.

          Independente de qual vertente será a correta, haverá um fim e a partir disto algo novo ocorrerá, seja para a destruição, para a renovação ou para ambos, portanto nesse momento precisamos nos avaliar como indivíduos que somos e nos responder a seguinte pergunta:

          Fomos sinceros com nós mesmos durante nossa vida?

          A provavel resposta será não; pois vivemos em uma sociedade que a todo momento nos força a mentir, seja para agradar, por medo, por respeito, por desprezo, por pena, por qualquer motivo, sempre existe um motivo para mentir para os outros e sempre existe motivo para mentir para nós mesmos.

        Aquele que disser que nunca fingiu ser alguém que não é, ou se forçou a acreditar em algo que sabia não ser certo, este sim é o mais mentiroso.

        Sempre que criamos uma desordem ética em nossa consciência e para alivia-la precisamos de algum artifício, estamos nos enganando e isso não quer dizer que aquela pessoa é boa e ruim, quer dizer apenas que aquele indivíduo é humano.

         Mas  perto do fim devemos nos avaliar, ver como fomos com nós mesmos e nos libertar, pois se o mundo realmente acabar teremos sentido ao menos uma vez a sensação de paz de espírito que a tanto perdemos, agora se uma nora era surgir, este movimento de libertação nos fará entrar com o pé direito livre e quem sabe assim o pé esquerdo o siga.


        Feliz fim do mundo, ele se aproxima e de alguma forma o mundo como o conhecemos irá acabar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Saudades...

        Incondicionalmente voltei a escrever, e agora quero explorar esta atividade ao máximo, então vamos lá:

        Alguém já parou para pensar na real importância de um amigo?

        Não aquela que clichês que sempre falamos, mas de verdade a real importância.

        Vindo para São Paulo deixei família, amigos e laços com minha antiga cidade para trás e senti na pele como isso faz falta, o começo claro sempre é mais difícil, mas com o passar do tempo vai se formando quase que um buraco dentro da gente.

        Nesses 3 anos percebi que o amigo não é só alguém para se confiar, se divertir, mas um amigo, quando verdadeiro, te ajuda a não entristecer te procura quando fica preocupado, zela pelo seu bem estar, um amigo quase te dá um rumo na vida.

        A grande verdade é quando mudamos de cidade nos sentimos mais frágeis, mais carente e mais deprimidos, isso acontece muito por ai, isso aconteceu muito comigo.

        Felizmente encontrei nos braços da pessoa amada uma amiga para toda a vida, mais ainda faz falta aquele amigo que não é mãe, pai, irmão, marido, mulher, apenas amigo.

       Sinto falta dos risos que dava ao lado de amigos que fiz através de minha própria competência, e não porque são amigos de minha esposa.

       Sinto falta daquele amigo que te liga no meio da tarde pra fazer algo mais a noite ou no final de semana.

      Sinto das coisas simples que deixei para traz.



        

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VOLTANDO AO MUNDO DAS LETRAS...

         Quase 3 anos após minha última postagem algumas coisas mudaram, entre elas escrevi três textos, dirgi e montei dois espetáculos, fiz amigos, desfiz amizades, entrei para o circo, entre outras metamorfoses que acabam ocorrendo conosco ao longo da vida.

         Ao Longo da vida aprendemos a valorizar o realmente interessa como amigos, família, amor, qualidade de vida e de repouso.

         Ao longo da vida paramos de nos preocupar com coisas que antes pareciam tão importantes como ter sempre a razão, apenas existe um caminho de se obter sucesso e tem que ser o mais difícil, apego ao material, entre outros.

          Ao longo da vida amadurecemos, e se algum dia este blog foi de críticas as artes, talvez hoje ele sirva de crítica para o mundo ou até quem sabe uma crítica ao eterno ato de criticar. Então surge a grande pergunta:

         Por quê temos criticar tanto uns aos outros e por que nunca estamos satisfeitos com o quê temos?

        A resposta é simples:

         Criticamos tudo pelo simples fato de não pararmos para conversar e entender o lado do outro e nunca estamos satisfeitos por quê nunca paramos para conversar com nosso próprio ser e descobrir o quê realmente somos.

         Mas quem sou eu para criticar alguém, sou crítico e insatisfeito como todos os outros, mas hoje apenas faço tentativas de compreender o outro e a mim mesmo, pois assim quem sabe um dia eu paro de criticar e começo a ouvir e para de ser insatisfeito para me satisfazer com todos os meus defeitos e a possibilidade cometer erros.

          Uma ótima vida para todos nós.



Daniel Prata 

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PENSANDO UM POUCO

Se tem uma coisa que adoro no mundo das artes é quando uma ela me faz refletir sobre o contexto político que vivemos ou já que já foi vivido; isto ocorreu com os dois filmes e a peça que assisti esta semana, O Poeta, Batismo de Sangue e O Papa e a Bruxa.

O primeiro conta uma história de amor vivida entre um judia, filha de um rabino, e um soldado alemão, que discorda de algumas atitudes do império nazista, em plena segunda guerra mundial, e todos os apuros, obstáculos e atrocidades que ambos passam para conseguirem ficar juntos; um excelente filme que nos remete diretamente ao clássico de shakespeare, Romeu e Julieta, mas nem por isso perde o próprio brilho e beleza.

O segundo, trata-se de mais uma pérola do cinema nacional; o filme Batismo de sangue conta a história do movimento de resistência liderado pelos frades dominicanos no Brasil na época da ditadura de 1964. Nesta trama destacam-se 4 frades, que são os inseparáveis Betto, Ivo, Oswald e Tito, sendo que este último possui um destaque maior na trama.

Através de uma pequena amostra das torturas que eram realizadas com os presos políticos, nossa atenção é voltada para a esperança de uma país melhor, amor a ao próprio povo e os relatos de frei Tito, no período que esteve preso, que assim como muito os outros foi de extrema valia para que os olhos do mundo se voltassem para está época negra de nossa história.

Um excelente filme que com certeza terá um lugar cativo em minha estante e deveria ser assistido por todo brasileiro que se interesse por sua história, pois só analisando-a poderemos mudar-la.

A última mas não menos importante, O Papa e a Bruxa, trata-se de uma comédia pastelão na qual um padre é hipnotizado por uma curandeira e dessa forma meio que tem sua mente aberta; e após passar por algumas situações nada usuais, o papa decide liberar ah humanidade de vários dogmas católicos, desde da utilização da camisinha até o livre comércio das drogas proibidas por lei; tal ato provoca a ira de várias autoridades mundiais dentro e fora da igreja, inclusive de traficantes, fazendo com que todos queiram a cabeça do papa.

A peça trata de diversos temas polêmicos durante o seu desenrolar, mas talvez o maior deles seja nada mais do que a dominação que as religiões possuem sobre a massa; e como está dominação pode afetar o futuro de diversas nações tanto para o bem como para o mal.

Sem dúvida uma peça que merece nossa atenção; com relação à qualidade da comédia, diria que é bem engraçada principalmente do segundo ato para frente, pois o rítimo é mais frenético, muito disso se deve à interpretação do ator que faz o papa, este ator praticamente dita o rítimo que cada cena tem, assistam pois vale a pena.

Não sei ao certo se é bom ou ruim, mas infelizmente vivemos em um mundo desequilibrado que necessita de equilíbrio e que seus fatos giram em torno de um círculo vicioso que "sabe-se lá" terá fim um dia. Para explicar melhor podemos analisar algo muito simples como o dia e a noite, um não vive sem o outro, porém cada um possui seu período de domínio sobre a terra que varia de acordo com a época, o lugar e algumas outras condições, mas quando um da vez ao outro seja durante o amanhecer ou durante o anoitecer, vemos mesmo que por alguns minutos um certo equilíbrio entre os dois.

Assim ocorre com a humanidade que possui sua sombra, maldade, ganância, corrupção, ou seja tudo que há de pior no homem; mas que também possui sua luz, sua bondade, sua misericórdia e todas as virtudes que possuímos. Porém tanto a luz com as sombras possuem seu período de domínio sobre nós que variam de acordo com a época, o lugar e algumas outras condições e da mesma forma que o dia e a noite também possuem seu momento, mesmo que inexpressivo, de equilíbrio pleno.

Isto ocorre no todo, a humanidade, mas principalmente na unidade, o indivíduo, então talvez seja o momento de paramos, refletirmos e decidir qual lado queremos que nos domine o maior tempo possível antes que a inevitável mudança ocorra. E que um dia a esperança se torne realidade para que um duradouro equilíbrio seja possível de visualizar fora dos sonhos, assim como um eterno por do sol é possível de se visualizar em um quadro.

DANIEL PRATA
23/09/2009

sábado, 19 de setembro de 2009

INCRÍVEL

Magnífico, esplendido, exuberante, incrível, mágico, são pouco os adjetivos para descrever a adaptação da peça Tempos de Paz ao cinema.
A história se passa no ano de 1945, durante o pós segunda guerra mundial, no qual navios cargueiros traziam diariamente imigrantes europeus fugidos da guerra em busca de uma vida nova.
Dan Sttullbach vive, de maneira grandiosa, a personagem de um ex-ator polonês que depois de tudo que vivenciou durante a guerra não vê porque continuar a fazer teatro em mundo que deixou de sonhar. Quando este chega ao porto no Rio de janeiro, é barrado, devido a uma confusão, pela personagem de Tony Ramos, um interrogador da polícia, ex-torturador do regime Getúlio Vargas, que estabelece uma condição para que o polonês posso entrar no Brasil; é preciso que este através das próprias lembranças, comova o interrogador fazendo-o chorar.

Através de uma história simples, o filme consegue transmitir toda a dor e sofrimento de quem sobreviveu aos horrores da segunda guerra mundial, como também a obediência e submissão dos homens da ditadura que concretizavam qualquer tipo de ordem que lhe era dita, causando aos condenados verdadeiros horrores.

Além disso, ainda mostra a magia do teatro e como ele é poderoso e capaz de mover barreiras, tocar sentimentos, mexer com o público, mudar opiniões, elevar e aliviar espíritos, transmititr menssagens e sentimentos sem o uso de armas, mas apenas da arte e todo o seu potencial invisível e devastador.

Um grande filme, para o qual devemos tirar o chapéu e ovacionar, pois poucos conseguem fazer o que foi feito por Daniel Filho neste filme, adaptar uma peça ao cinema sem que ela perca o encanto e a magia do teatro; além do que, o diretor atua no filme como um dos personagens do começo ao fim, fato este que com certeza deve ter surpreendido a muitos, pois a atuação de Daniel Filho se mostrou muito interessante, inclusive menor do que alguns outros atores da trama.

Dan e Tony estão maravilhosos no filme que fia difícil fazer qualquer crítica para ambos, pois os dois conseguem fazer com que um filme com basicamente duas personagens se estenda por uma hora e meia e não se torne cansativo.

Fico sem palavras, apenas posso falar que fiquei maravilhada com tamanha qualidade.

20/09/2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FRUSTRAÇÕES

As vezes eu me pergunto - Por que diabos fizeram isso? - esse pensamento volta e meia volta a perambular por minha mente pensante, principalmente com o grande circuito comercial de grandes produções teatrais e filmes do cansativo circuito comercial de nossas salas de cinema.

Primeiro, uma peça que vi aqui em São Paulo a mais ou menos um vez e sentia que precisa avisar vocês meus leitores sobre as impressões que obtive sobre a mesma.

Vamos lá, a peça alma boa de Setsuan é uma grande produção estrelada por Denise Fraga e dirigida por Marco Antônio Braz; a história se passa numa cidade chinesa ( Setsuan), na qual um homem que representa em carne e osso a santíssima trindade, procura uma alma boa no meio de tantas almas corrompidas, lá encontra Chen tê ( Denise Fraga) única alma viva que oferece à santísima trindade um teto para dormir e por este motivo recebe uma quantia em ouro que lhe permite abrir o próprio negócio, uma tabacaria. Porém devido à bondade de Chen tê, ela acaba por criar uma segunda personalidade para lidar com certos assuntos, eis que surge seu primo Chui Ta, que é totalmente o oposta desta, levando aos conflitos que se desenvolveram ao longo da trama.

Uma história muito boa, porém devida à preocupação com o distanciamento proposto por Brecht ela se tornou muito lenta, muito ralentada, como diria um antigo diretor meu, fazendo com que o tempo da comicidade se perdesse e o da dramaticidade se estende-se demasiadamente, prolongando por um tempo maior do que necessário e a deixando chata em certos pontos.
Segundo; um filme cujo eu tinha as mais altas expectativas de ser um ótimo filme de terror, acabou por me decepcionar completamente.

O filme conta respeito de uma maldição que em 3 dias arrasta a pessoa amaldiçoada para o inferno e a luta de uma certa mulher para quebrar a maldição que lhe foi posta.

Até a sua metade o filme se desenrola de um jeito muito bacana, criando um clima bem sinistro e assustador, que nos deixa com os olhos vivos a todo momento, porém da metade pro fim ocorrem algumas coisas que não deveria existir em um filme de terror, ah não ser que a intenção fosse deixa- lo cômico; como por exemplo, no momento em que o espírito é passado para um bode e este começa a falar; posso falar que quase me desmanchei de tanto rir, entre outras cenas hilárias que ocorrem durante o filme. Realmente não recomendo este filme, gastem o dinheiro do ingresso na locação de uma bicicleta no Ibirapuera, com certeza será mais proveitoso.

Por fim, mas não menos importante, talvez um dos filmes mais esperados do cinema nacional, os normais.

Nesses momentos é que cabe aquela pergunta: para que continua?

Primeiro uma série de muito sucesso, na qual mostrava uma casal, Rui e Vani, vivendo as situações mais inusitadas e resolvendo-as de maneira mais inusitada ainda, porém acabou no seu auge e deixou o público querendo mais, até eu queria mais, kkk. Então quase um ano depois fizeram o filme, no qual Rui e Vani e se conheciam, que eu a princípio fiquei meio receoso por que continuação é uma coisa que não costuma dar certo, mas para a minha surpresa foi um filme muito bom, mas muito bom mesmo, com um tempo ótimo nas piadas que se dam até o final de maneira genial; só que o público que meio já tinha se conformado com o fim de os normais foi reavivado com o filme e obviamente ficou novamente querendo mais.

Então nesse ano 2009, mais precisamente no segundo semestre de 2009, me surpreendem com o lançamento de os normais dois - a noite mais loucas de todas - e eu pensei: Para que fazer isso?

Não que eu seja pessimista nem nada, mas várias sequências ao longo da história já nos mostraram que os filmes sequenciais não costumam dar certo, então a não ser que seja muito bom não faça uma sequência só pra aproveitar o título de sucesso do anterior, é melhor fazer um outro filme; afinal de contas não devemos ser tão gananciosos nem ter os olhos maior que a barriga.

O resultado não foi diferente, um filme que deveria contar as aventuras do casal protagonista para reacender a chama do sexo em uma única noite; acabou por se mostrar um filme de piadas forçadas que se estendeu até o seu final sem ter um por que para ter durado tanto, é como se tivessem pego uma idéia engraçadinha e a tivessem esticado e exagerado até formar um filme.

Cada vez que eu lembro deste filme encontro mais um defeito; talvez um dos filmes nacionais mais sem graça que eu já vi, coisa muito difícil no atual curcuito nacional de filmes.
Portanto nãopercam seu tempo vendo os normais 2, tirem uma boa soneca ou contem quantos carros amarelos passam na rua, com certeza será mais proveitoso.

Para ninguém dizer que eu só reclamo, aqui vai uma dica de um filme que já saiu de cartaz, mas provavelmente já deve estar disponível nas locadora, quem quer ser milionário, um verdadeiro ganhador do Oscar, realmente um filme de tirar o fôlego. A história se passa em Mumbai e conta a trajetória biográfica de um garoto que passou toda sua vida em busca de seu verdadeiro amor, mas se encontra retido numa sala de interrogatório pelo fato de ele, um garoto de favela, acertar a todas as perguntas de um programa, quem quer ser milionário?, que ninguém nunca ganhou; sem sombra de dúvida uma obra de arte.

Bom, agora posso terminar sem ficar com fama de revoltado; kkkkkk.

Daniel Prata
16/09/2009

domingo, 13 de setembro de 2009

HOMENS AZUIS

Bom; hoje fui assistir o show do Blue Man Group, pois já havia visto um show deles, em Chicago (EUA), e simplesmente me maravilhei com um show no qual 3 caras azuis tiravam som de tudo quanto é material para formarem musicais conhecidas ou de autoria própria que mais tarde se juntavama uma banda e completavam cada música.

Porém, o show de hoje foi creditcard hall, aqui em São Paulo, um lugar muito maior do que o teatro em Chicago que eu havia visto o show anterior. Minhas expectativas foram totalmente frustradas quando vi que o foco do espetáculo estava no todo e não exclusivamente nos homens azuis; fora alguns pequenos erros de sincronia que pude presenciar.

Mas por mais frustrante que tenha sido o show, o mesmo se mostrou muito bom, com a interatividade de sempre com a platéia, muitos jogos de luz, muita interação com a banda e inclusive a preocupação de traduzir tudo que havia de escrito no show e inclusive tocar algumas musicas do Brasil como ROBERTO CARLOS e o tema da Copa de 70. Mas para quem esperava 3 caras azuis tirando som de tudo quanto é tipo de coisa e acabou vendo 3 caras azuis que apenas completavam uma banda muito boa; a experiência acabou por se tornar um pouco frustrante.

Mas para quem não viu eu recomendo, mesmo que seja do jeito que foi.


DANIEL PRATA
13/09/2009